Bem-vindo ao site do Mauro Maracajá.
Aqui, você terá contato com uma maneira muito particular de entender o mundo, a educação e a arte: O pensamento de Mauro Maracajá. Também terá vez e voz, pois, um dos pressupostos básicos de existência deste espaço é a questão democrática e participativa.
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PESCA ESPORTIVA - Mauro Maracajá
Não adianta você se enganar e tentar negar o que é real:
Pesca esportiva, mais que uma proeza, fere a natureza, não é natural.
Em outros tempos, contra a maresia, pesca em demasia, prá fome matar.
Thiago e Pedro, pescadores natos, com muito recato, a rede a jogar...
Por isso eu digo: Pesque, meu amigo, mas, somente aquilo o que vai comer. Não mexa com o que não lhe pertence, eu lhe peço: Pense, antes de o fazer
Pescar é bom, preciso e saudável, mas, desagradável, se não tem motivo.
Um sofrimento tão desnecessário, que mutila e mata tantos seres vivos.
Procure um esporte que não cause dano, que não seja engano, que não traga dor.
A natureza, criação divina, mais que contemplada, precisa é de amor...
Por isso eu digo: Pesque, meu amigo, mas somente aquilo o que vai comer. Todo ser vivo também tem sua alma, eu lhe peço: Calma no que vai fazer
Peixe ferido, tirado da água, sofre grande mágoa nesta situação.
O caso raro em que sobrevive, é um caso à parte, é uma exceção.
Este animal também sofre e se estressa, mas, não interessa, não é nossa a dor.
Se debatendo, preso e ferido, com o beiço partido, uma cena de horror...
Por isso eu digo: Pesque, meu amigo, mas somente aquilo o que vai comer. Não pense que eu sou contrário à peixe, por favor, não deixe isso acontecer...
Que esta canção não lhe seja uma afronta, não tire o seu sono, nem a sua paz,
Seu objetivo, mais que um conselho, é ser um aviso do que o homem é capaz,
O ser humano com sua hipocrisia, prá “salvar o mundo”, fala de seu plano,
Aos animais dá um sofrimento à toa, tão desnecessário, só um mero engano...
Por isso eu digo: Pesque , meu amigo, mas somente aquilo que “cê” vai comer. A pescaria é uma coisa sagrada, não adianta nada tentar inverter...
Por isso eu digo: Pesque , meu amigo, e conte comigo para lhe ajudar. É uma quimera que não sofre o peixe, por favor o deixe em paz em seu lugar...
Por isso eu digo: Pense, meu amigo, e cante comigo para não chorar. Não pense que eu sou contrário à peixe, por favor, não deixe de raciocinar...
O PÉ ESQUERDO (CRÔNICA)
Autor: Mauro Maracajá
Hoje levantei com o pé esquerdo.
Que pena, diria o leitor, acostumado que é com a visão preconceituosa e preconceituante
dessa triste conclusão: De que levantar com o "pé esquerdo" tem um "quê" de pessimismo,
tristeza, melancolia.
Assim o são os demais pensamentos que nos dominam
todos os dias, sem que sequer saibamos exatamente de onde eles vêm ou pra onde eles vão.
O fato é que, quase sempre, o bom e auto crítico observador terá várias surpresas com estes pensamentos
que determinam (ou condicionam) nossas ações,
sem que sequer tenhamos a coragem
de questioná-los em sua validade.
O caso do "pé esquerdo" se presta bem a essa conclusão.
-Ora, dirão alguns, mas, a maioria das pessoas não tem no pé direito o seu "soldado" principal?
-Não é ele que chuta no gol? Que nos defende nas lutas e artes marciais? Que faz o trabalho
"principal" e mais importante que um pé pode fazer?
Respondo eu, é claro que o "pé direito" é tudo isso:
É o "astro", é o "lutador", é a "estrela
principal", contudo, somente o faz por que tem a certeza de que seu irmão "menos importante", "menos valorizado"
está lá, dando-lhe todo o apoio necessário, sem o qual o mundo não veria nunca a beleza de um gol "de letra",
ou mesmo de um "traço" de Bruce Lee...
Assim somos nós, seres humanos,
prepotentes e arrogantes que somos,
esquecidos de que nossa vida não seria muita coisa
caso não tivéssemos nossos "pés esquerdos" a nos servir, a nos apoiar em tudo o que fazemos.
Que este singelo texto sirva tão somente para lembrar que a dignidade e o respeito são direitos que todo ser humano tem,
seja qual for sua formação ou sua “classe social”, ainda que,
em muitas das vezes, por culpa exclusiva de um sistema político-sócio-econômico excludente e desumano, não o saiba.
Mauro Maracajá
em: 11/04/2012