A MATA QUE A GENTE MATA

10/03/2012 09:07
As folhas secas sempre caem no teu chão,

Se decompondo para enriquecer tua terra.

A umidade vem com o vento, nosso irmão,

Que traz as nuvens em que a água ali se encerra.

 

Teu substrato, tão humilde, na origem,

É enriquecido pela densa mata virgem.

Mantendo vivas, tua fauna e tua flora,

Em uma harmonia que em todo canto aflora.

 

É a nossa mata, nossa maior herança, nosso maior legado, nosso maior valor,

Que talvez um dia, não passe de lembrança, e só esteja presente na tela do computador!

 

Os seres vivos que habitam no teu seio,

Se alimentam com a riqueza do teu meio.

Meio ambiente tão formoso e real,

Onde equilíbrio é a palavra principal.

 

As criaturas que sustentas com teu sangue,

Nas terras firmes, igapós e até nos mangues.

Se perpetuam para sempre, com certeza,

Se o ser humano não destrói a natureza.

 

É a nossa mata, nosso maior tesouro, nosso maior presente, presente de Deus,

Que talvez um dia, não passe de lembrança, e só esteja presente retida nesses olhos meus!

 

A mata, herança, presente de Deus, a mata, lembrança, retida nesses olhos meus

A mata, presente de grande valor, a mata, presente na voz deste trovador!

 

 

©Mauro Maracajá – 2011